As alegrias e tristezas das empresas familiares

Uma empresa familiar é geralmente considerada uma empresa que pertence e é operada por uma única família. O tamanho da empresa não é um fator. Uma empresa familiar pode significar uma pequena loja de aldeia, tanto quanto uma grande holding industrial com alcance internacional.

As empresas familiares têm atributos específicos. Seus membros são pressionados a não discutir assuntos de negócios ou pelo menos não ver um membro de sua família também como chefe ou colega de trabalho durante almoços familiares, festas de aniversário e outros eventos semelhantes. Com as empresas familiares, portanto, as emoções características das relações familiares necessariamente encontram seu caminho no ambiente corporativo, independentemente do fato de raramente pertencerem a ele.

Isso significa que resolver questões internas em empresas familiares é significativamente mais desafiador do que em empresas “padrão”. Tivemos a oportunidade de falar sobre os típicos obstáculos de gestão que essas empresas enfrentam na conferência “Family Business Governance: Communication and Decision-making in Family Businesses”, que aconteceu na Faculdade de Administração de Empresas da Universidade de Economia, Praga.

Por exemplo, discutimos a questão da padronização de processos. A padronização funcional é uma ferramenta para aumentar a eficácia e a qualidade do trabalho. Facilita o planejamento e é um pré-requisito fundamental para a portabilidade do processo. A padronização bem-sucedida é um projeto desafiador para qualquer empresa, quanto mais para uma empresa familiar. Requer não apenas formulação, mas – mais importante – implementação também nas operações da empresa. E a implementação em uma empresa familiar é dificultada pelo fator de vínculos familiares, em que uma diretriz para alterar os procedimentos de trabalho às vezes simplesmente não é suficiente. E daí? Vimos que não há solução rápida e fácil nesta área; pelo contrário, a solução baseia-se em uma montagem adequada e gradual de fragmentos individuais - não importa o quanto esses fragmentos individuais possam parecer inconsequentes ou burocráticos (por exemplo, a exigência de obter confirmação por escrito de uma oferta nos casos em que o Sr. CEO e o Sr. Proprietário da Fábrica são, afinal, conhecidos de longa data).

Transições intergeracionais

Um tema atual entre as empresas familiares tchecas é a transição da empresa para a próxima geração. Essa transição muitas vezes está ligada a questões incômodas, como para qual filho a empresa e sua gestão devem ser transferidos ou se seria melhor dividir a empresa. Muitas vezes também é impossível evitar constatações como o fato de que, certos filhos não têm os traços de personalidade necessários para administrar uma empresa e outros nem querem falar sobre os negócios da família e preferem seguir seu próprio caminho no mundo.

Preparar uma empresa familiar para ser transferida para a próxima geração e sua posterior implementação é, portanto, uma questão de longo prazo e altamente técnica, tanto legal quanto financeiramente. E o fracasso nesse departamento muitas vezes causa rachaduras irreparáveis ​​na família ou a ruína dos negócios da família.

Como podemos ajudar na transição da nossa empresa? A seguir, algumas observações de nossa experiência como escritório de advocacia:

• não adie a determinação de que a transferência da empresa requer minha atenção e decisões;
• definir o que eu quero e o que é realmente possível. Estou construindo a estrutura e os mecanismos atuais ou futuros, estou entregando a empresa, tarefas ou competências, estou mergulhando a empresa, vendendo-a, ou dotando-a, estou saindo, etc.
• Estou procurando uma solução viável. Colaborar com consultores especializados ajuda a identificar corretamente o objetivo e propor uma combinação adequada de ferramentas.
• Estou percebendo e refletindo sobre minhas próprias emoções e as da minha família. Como isso é difícil, mesmo para um iogue experiente.